É! O certo seria responder a todas essas perguntas, mas eu deveria mesmo? *um grito é ouvido de dentro da sala* Desculpe, senhor, já irei responde-lo! Aff... *pausa* França. Sim, isso mesmo, França! Eu sei que na França existem universidades qualificadas, eu sei... Mas fui transferida quando me mudei para San Francisco. *pausa* Nossa... San Francisco... Nunca imaginei voltar aos Estados Unidos. O quê? Se sou natural daqui? Não! Sou Européia, senhor. Já disse! Sou de uma mistura de raças: alemã e francesa, que irônico não? *risos*. Bom... Com quatro anos fui a San Francisco morar com avós. Meus pais não encontravam condições para me manter... Um casal de miseráveis, mentirosos sem coração, sem a mínima noção do que venha a ser amor! *alterando a voz* Meus avós sim, eram muito dedicados, uns amores. Ah! Lembro-me bem. Vivi minha infância e parte da adolescência com eles! Daí eles morreram... É... E como não podia ficar sozinha, claro, voltei pra França... *suspiro* Como odiei a idéia... A cidade onde morei por quatro anos, interior francês, era tão pacata, um lugar quase desabitado, sem a menor graça. Não tinha nada a ver com a Grande Cidade tão requisitada. Mas daí meus pais só vieram entender isso, ou não, no 4º ano, início da medíocre época de viagens mais freqüentes dos meus pais. Viagens que nada! A polícia tava mesmo é atrás deles! *mais uma pausa* Vamos voltar a San Francisco, mas vamos largar os meus pais no Canadá! Ótimo, o melhor dia da minha vida: o dia do cárcere! Já havia terminado os estudos aqui mesmo, numa escola onde fui líder de campanha por três anos. Qualquer campanha que você possa imaginar! Até futebol feminino rolou! Mas tive que sair. Minhas notas não estavam sendo aquilo que queriam. E repeti isso em outras escolas também... *longa pausa* Meus pais? Esqueça os meus pais, ok? Vai ver estão de novo procurando outro país para fugirem da máfia a qual foram confinados. Um casal de ladrões que trazia dinheiro lavado para dentro de casa! Pensam até hoje que eu sou aquela menininha inocente que cresceu sonhando com o Campus e que não poderia entender o que se passava lá dentro. Por quatro anos eu tentava dar o melhor de mim nas escolas por onde passei, e por causa desse problema, pelo qual chorava todas as noites, não conseguia me dar bem em nenhuma delas! *altera a voz mais uma vez enquanto seus olhos vieram depositar lágrimas* Estou calma... Desculpe-me... Abençoada seja uma certa irmã que me acolheu quando meus pais me tiraram de casa. Cuidou de mim, me matriculou na melhor escola de San Francisco, onde pude terminar o ensino médio, com certa dificuldade, o que é óbvio! Mas ela me ajudou até nisso! Ela é um anjo e se pudesse encontra-la pra agradecer... Ela me fez ter esperanças relacionadas a algo que eu nem imaginava conseguir pra mim... *suspiro* Nesta mesma escola ouvi falar da Universidade de Medicina de Rivendail, e todas as frases bonitas que saíam dessas bocas me encantava! Era o Campus o qual havia sonhado... Agora vejo que preciso de Rivendail tanto quanto qualquer outro estudante de medicina, não pela fama ou curiosidade, mas pelo desejo de ser o que sempre quis ser: alguém na vida... *pausa e um novo suspiro acompanhado de um raro sorriso* Agradeço desde já a todos... É por aqui a saída? Ivanovitch, isso mesmo. Marrie Ivanovitch.